Foi lançada nesta quarta-feira (22), em Brasília, a Agenda Institucional do Sistema Comércio – Propostas e Recomendações de Políticas Públicas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A apresentação do documento aconteceu no Centro de Convenções Brasil 21 e contou com a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro.
O evento reuniu ao longo de dois dias presidentes das Federações do Comércio (Fecomércios), Federações Nacionais, Sesc, Senac, líderes sindicais e empresariais e autoridades políticas. A senadora Simone Tebet também participou da rodada de conversas com os representantes do Sistema Comércio. A elaboração da Agenda foi comandada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, fez a abertura do fórum e destacou que o documento é o primeiro passo de uma ferramenta que será um divisor de águas para todo o Sistema Comércio. “A Agenda Institucional foi criada a partir da necessidade de relacionar os temas de interesse do comércio de bens, serviços e turismo, do Sesc e do Senac, em conformidade com o que é monitorado, prioritariamente, pela CNC, nos âmbitos dos Poderes Executivo e Legislativo”, disse.
Segundo Tadros, é importante que a Agenda seja respeitada e vista como um instrumento importante para o desenvolvimento empresarial, econômico e social. “Este documento deve ser protagonista na representação empresarial e no desenvolvimento do ambiente de negócios do país. E, por estarmos presentes em todo o Brasil, entendemos as prioridades para o desenvolvimento econômico e social, tendo como pilares os princípios de livre mercado e do respeito à função social das empresas” acrescentou.
O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, classificou a Agenda como um “projeto de visão de futuro”, importante de ser debatito em ano eleitoral”. “Depois de dois anos de pandemia, é importante que os candidatos saibam que o setor que mais produz, que mais emprega e que gera renda precisa ser respeitado. Nós representamos 75% do PIB nacional, por isso temos que ter uma participação efetiva na elaboração de propostas e políticas para o País”, afirmou Aparecido.
A Agenda Institucional do Sistema Comércio também é resultado do projeto ‘Vai Turismo – Rumo ao Futuro’, movimento nacional formado para integrar propostas e conectar instituições para recomendar políticas públicas que estimulem o desenvolvimento sustentável dos destinos turísticos brasileiros. “O Turismo teve uma grande participação da elaboração deste importante documento, que vai direcionar o futuro do setor para os próximos anos. Trata-se de um marco, uma referência em políticas públicas”, destacou o diretor da CNC, responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade, Alexandre Sampaio.
Para colaborar com a elaboração da Agenda, o movimento Vai Turismo reuniu cerca de 300 organizações signatárias, com mais de 100 encontros técnicos nos estados. Foi elaborado um comparativo com projetos nacionais e internacionais, uma pesquisa de percepção e 27 diagnósticos das unidades federativas com base na metodologia de Destinos Turísticos Inteligentes.
Presidente Bolsonaro quer Ministério com representante do setor
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, falou ao público presente sobre as medidas adotadas pelo Governo em prol do setor. Bolsonaro foi recepcionado pelo presidente da CNC, José Roberto Tadros, que agradeceu à participação e pontuou se tratar de um fórum com representantes do comércio de bens, serviços e turismo que representam 73% do PIB do País.
“As propostas contidas no documento têm o intuito de contribuir com as políticas públicas, sempre com base no trinômio de segurança jurídica, livre imprensa e democracia, que tanto prezamos”, introduziu Tadros, que classificou o evento como histórico por abarcar um documento amplo que representa 5 milhões de empresas, que geram 25 milhões de empregos diretos e formais no País, além da representatividade do Sesc e do Senac que alcançam mais de 2.000 municípios.
Jair Bolsonaro iniciou sua participação afirmando a intenção de recriar o Ministério da Indústria e do Comércio, com representante indicado pelo setor. Para o Presidente da República, é importante ter o olhar voltado a um setor tão impactado pela pandemia. “Muitas cadeias produtivas foram afetadas, mas a nossa economia não parou em 2020, sobretudo por programas como Pronampe e auxílio emergencial. Em 2021, os senhores criaram mais empregos do que em anos sem pandemia, como 2014 e 2015”, pontuou.
Para Bolsonaro, o País alcançou um patamar de relevância mundial, apesar da crise sanitária. “Todo mundo hoje reconhece a importância do Brasil. Nosso País é um porto-seguro, tem segurança jurídica, um Governo que cumpre seus contratos. Conseguimos avançar, mas a pandemia serve como uma experiência dolorosa para todos nós”.
Pré-candidata Simone Tebet quer erradicar a miséria
Tebet destacou que a erradicação da miséria é uma de suas principais propostas, com responsabilidades e metas, sem violação de regras fiscais. Para isso, ela aponta, o apoio da iniciativa privada é fundamental. “É preciso investir em empreendedorismo e entender que o mercado e a iniciativa privada são nossos parceiros. Nosso tripé de governo é ter o Estado necessário, nem o mínimo e nem o máximo, sendo parceiro do mercado para que possamos fazer o que o dinheiro público não consegue”.
Questionada sobre a eficácia da reforma trabalhista, a senadora se mostrou à disposição para escutar as demandas dos empresários. “As reformas são fundamentais para desburocratizar, agilizar, darmos mais leveza ao Estado. A reforma trabalhista pode ser aperfeiçoada, mas são duas as prioridades agora: a reforma administrativa, para enxugar a máquina pública, e do outro lado, a reforma tributária”, afirmou.
Após responder às perguntas de representantes do Sistema Comércio, a senadora posou para fotos oficiais ao lado do presidente José Aparecido, do vice-presidente Sebastião Abritta, da diretora regional do Senac-DF, Karine Câmara, e da conselheira e diretora Edy Seidler.
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